Corrosion X

Um dos problemas que afligem qualquer usuário ou técnico de informática é a corrosão, também conhecida como ferrugem. A corrosão acontece devido à oxidação de certas substâncias químicas ao entrarem em contato com o oxigênio presente no ar. Cada elemento químico tem um comportamento distinto quanto à oxidação, sendo que, quanto maior a quantidade do metal ferro na composição do material, mais rápida e mais intensa será a oxidação.

Certos elementos presentes no ar contribuem também para acelerar os processos de oxidação, especialmente o sódio, através do cloreto de sódio ou outros sais, que impregnam o ar de localidades próximas ao mar. Cidades litorâneas se enquadram nesta situação.

Diante desta realidade, muitos de nós nos deparamos com placas oxidadas ou gabinetes enferrujados, que levam ao mau funcionamento e algumas vezes até a curtos-circuitos, inutilizando os componentes ou, pelo menos, deixando-os com uma péssima aparência. Isso nos faz procurar soluções para o problema. Logo notamos que o mercado não está preparado para atender a esta necessidade, pois as soluções encontradas são, em sua maioria, paliativos ou amadoras. Existem produtos como vernizes especiais para componentes eletrônicos, que atuam como selantes, impedindo o contato da umidade com a peça, que não é uma solução muito indicada, pois, caso alguma umidade permaneça no componente no momento da aplicação, ela ficará encapsulada e desenvolverá oxidação com o tempo; sem falar na dificuldade de remover o produto caso a peça venha a ser reaproveitada ou para fazer alguma manutenção, pois atuando como selantes, depois de algum tempo criam uma crosta muito difícil de remover, a não ser por processos químicos e mecânicos que podem danificar o componente. Uma alternativa caseira aos vernizes selantes é a cola para madeira, mas não resta dúvida que seu uso está longe de atingir o nível profissional que almejamos em nossas atividades; por outro lado, é eficaz e sua remoção é bem mais simples.

CORROSION X

Para tentar mudar esta situação, recentemente (março/06) chegou ao Brasil um produto já bem conhecido nos Estados Unidos e que faz muito sucesso por lá, sendo empregado até mesmo pelas Forças Armadas Americanas e diversas empresas do setor de aviação e náutica, como Boeing, McDonell Douglas, Sikorsky Helicopters, etc. Trata-se do produto chamado comercialmente de Corrosion X.

Corrosion X é um composto semelhante a um óleo lubrificante com propriedades específicas que garantem que, uma vez aplicado sobre a superfície a ser protegida, impede o acúmulo de umidade e, mais, remove totalmente a umidade que porventura esteja localizada, garantindo uma perfeita aplicação. Achou bom? Só que ainda tem mais: da mesma forma que impede o surgimento de pontos de corrosão, Corrosion X atua interrompendo processos corrosivos já iniciados, uma vez que remove totalmente a umidade e bloqueia a reação química aeróbica. Ou seja, mesmo que a peça esteja parcialmente corroída, o processo pára assim que for aplicado o produto.

O produto é vendido em latas pressurizadas(aerosol) de 300 ml e em embalagens maiores para uso industrial e sua aplicação é feita como os óleos lubrificantes em spray, direto sobre a peça que se quer proteger. Depois da aplicação, deve-se aguardar 4 horas para que a proteção seja garantida. Aliás, o produto também tem a função lubrificante e efeitos quase mágicos em parafusos encravados pela corrosão.

Para os testes, recebemos uma embalagem de amostra em spray conforme imagens abaixo, sem indicação da quantidade, mas que estimamos em 100 ml.

TESTES

Com o objetivo de chegarmos a resultados confiáveis, estudamos bem antes de começar de que forma faríamos a análise do produto. Ora, ele se propõe a proteger contra a corrosão, certo? Que ambiente seria o mais desfavorável à atuação de CorrosionX ao qual estivessem sujeitos nossos componentes de informática? Pensamos logo em reproduzir o clima de cidades litorâneas, que possuem o ar saturado de salitre marinho, um veneno para nossas placas e gabinetes. Mas como faríamos isso? A maneira mais simples que imaginamos foi imergir algumas placas em água salgada! Claro que nenhum componente de nosso computador ficaria imerso em água do mar, mas esta seria uma boa maneira de levar a experiência ao extremo e de dar ao produto uma chance de mostrar a que veio. Se passasse neste teste, passaria em qualquer um.

Selecionamos 04 placas em bom estado de conservação e funcionando, sem nenhum ponto de ferrugem, a saber:
- 01 fax modem PCI, doravante indicada como placa A
- 01 placa de vídeo ATI Rage AGP, doravante indicada como placa B
- 01 fax modem ISA, doravante indicada como placa C
- 01 placa de som ISA, doravante indicada como placa D

APLICAÇÃO DO PRODUTO

Seguindo as orientações do fabricante, aplicamos o produto nas placas A e a B. O líquido deve ser aspergido sobre a superfície em pouca quantidade e depois deve-se esperar 4 horas para sua total secagem, findas as quais pode-se manusear normalmente.

METODOLOGIA

As placas B e C foram imersas numa solução de água salgada a 3,5%, que é a concentração média de sal da água do mar (35 gramas de sal em 1 litro de água) e assim permaneceram por 15 dias, a uma temperatura média de 19º C.

As placas A e D foram posicionadas a poucos centímetros de um recipiente contendo água salgada na mesma concentração (3,5%), com uma de suas faces em paralelo com a superfície da água, conforme mostram as fotos abaixo; a cada 3 dias, as faces voltadas para a água eram trocadas para manter uma uniformidade, pelo mesmo período de tempo. O objetivo era simular uma situação não tão agressiva quanto a primeira, mas sempre levando em conta a evaporação da água e a salinidade do ar.

RESULTADOS

O teste foi bem simples, sem complicações, apenas deixando que a natureza agisse. E os resultados realmente foram interessantes.

PLACA A: A placa protegida com Corrosion X que ficou apenas apoiada sobre a água não apresentou absolutamente nenhuma modificação, razão pela qual não merece ser mostrada.

PLACA B: A outra placa protegida com Corrosion X que foi imersa em água salgada se manteve intacta e sem qualquer sinal de oxidação, por mais leve que fosse. Nem nas soldas, partes metálicas dos componentes ou mesmo trilhas do PCB ou contatos do slot AGP.

PLACA C: A placa que mais sofreu no teste e que acabou inutilizada foi a Fax modem ISA, que sofreu severamente com o ataque da água salgada. O aspecto final desta placa mostra o que poderia ter acontecido à placa B caso não tivesse a proteção de Corrosion X; desde o espelho (bracket) traseiro, passando pelas soldas, trilhas, contatos e partes metálicas dos componentes, tudo foi atacado, deixando a água onde estava imersa cheia de óxido de ferro, como se pode ver nas fotos abaixo:

PLACA D: Mesmo ficando sobre a superfície, sem contato com a água salgada, não notamos qualquer alteração no aspecto final da placa, não merecendo maiores comentários, a não ser que, talvez, o tempo de exposição não tenha sido suficiente para que houvesse corrosão.

CONCLUSÃO

Este, definitivamente, não é um caso de propaganda enganosa. Pudemos comprovar que o produto cumpre o que promete. Durante a realização de nossos testes, surgiu a oportunidade de aplicar o produto num equipamento que seria levado para uma cidade litorânea e cujo proprietário já tivera muitas vezes o problema da corrosão em seus computadores, principalmente nas aletas de saída de ar das fontes de alimentação, espelhos das placas PCI, painéis traseiros dos gabinetes e grills de proteção dos microventiladores. Desta vez, aplicamos o produto nestas partes do computador e orientamos o proprietário a nos reportar qualquer alteração nos próximos meses. Já tendo decorrido 2 meses, ainda não foi percebida nenhum alteração, estando prevista uma manutenção preventiva da máquina para o mês de outubro, quando poderemos verificar os resultados e atualizar este review.
Fica aqui então a recomendação e os nossos agradecimentos à Corrosion X e à AFRE Com. Imp. Exp. na pessoa do Sr. Edison, que nos cedeu o produto para os testes e que teve a excelente iniciativa de trazer Corrosion X para o Brasil.

Maiores informações: http://www.corrosionx.com.br

SCORE: ALTAMENTE RECOMENDADO

Prós
Disponível no Brasil
Preço acessível

Contras
Embalagem comercial muito grande

Notas
Eficiência 10,0
Embalagem 8,0
Preço 8,0
Facilidade de aplicação 8,0
Nota Final: 8,5
  • trib

    Voces deveriam ter testado elas em funcionamento.
    Ele e feito a base de oleo, e o que olho fas? esquenta, frita literalmente.
    Agora imaginen, voce aplica Corrosion X em uma placa, espera secar, coloca no pc, liga, conecta a internet, o pc desliga, voce vai ver o que e, voce ve aquele cheiro de queimado, vai liga o pc de novo nao liga, tira a plaquia o pc funciona normalmente. =)

  • Charles Silva

    Gostaria de um produto para protejer apenas o gabinete da maresia, pois peças nos dias de hoje são descartaveis devido a rapidez que ficam desatualizadas.

  • http://pulse.yahoo.com/_VKYK24T5IPB6UXI756QHKYRLRA Fróes

    Amigo, moro a 100m do mar e perdi a conta de quantas vezes perdi hardware por conta da oxidaçao..mas posso lhe garantir que esse produto funciona: de 6 em 6 meses eu dou um banho(literalmente) no gabinete todo, deixo descansando por umas 3 horas e depois ligo ele e funciona normalmente. nao vi problema algum com temperatura, unica coisa no inicio depois que vc aplica é o cheiro do produto pois fico boa parte do tempo com o ar condicionado ligado, mas é questao de uma semana que o mau cheiro diminui. O produto é tao bom que apliquei no motor da maquina de lavar pois estava oxidando e depois de aplicado, ainda diminuiu os pontos de oxidação. Apliquei tb na parte traseira da minha panasonic 42″ plasma, apliquei na placa toda, nas saidas de video, em tudo. Apliquei no notebook, dentro do roteador(fica fora de casa numa caixinha outdoor), enfim, o CorrosionX é uma mao na roda nao para hardware somente, mas para todos os produtos eletronicos.

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