Crianças no país das maravilhas

Considerando-se a dimensão da Campus Party Br, imagine-se em torno de meio metro menor e olhe mais uma vez toda a estrutura do evento. Para os pequenos que frequentaram a festa, tudo foi uma festa gigante, como em “Querida, Encolhi as Crianças”, e até mesmo as barracas pareceram maiores do que de fato são.

Mas diferente do filme, onde crianças são vítimas do experimento de seu pai cientista que as faz se perderem em um jardim, a molecada se divertiu a valer na CP Br.

As irmãs Sabrina e Raquel Nuccini Pires, de 9 e 4 anos de idade, respectivamente, com certeza retornarão aos seus lares com saudade da agitação. Elas acamparam a semana inteira, e adoraram – segundo a mãe, Luciana, ela e o marido Alexandre, um dos coordenadores da área de Modding, nem pensavam no acampamento família. Mas quem diz não pra estes sorrisos aí embaixo?


Elas, que não foram ao colégio neste período, passam a maior parte do tempo em games que lembram desenhos animados como Witches, vestem bonecas virtualmente ou são babás. Em casa, elas costumam jogar mais seu PlayStation 3 (ou o 2, que elas também têm), principalmente Guitar Hero.

Os pais não permitem que elas passem muito tempo na frente do PC ou de games. Além disso, nenhuma tem Orkut ou MSN. “Elas ainda são muito novas”, teme Luciana.

Orgulhosa, Raquel explica que “estamos ganhando muito dinheiro no jogo”. A noção de realidade aparece primeiro virtualmente a estas pequenas e a todo o restante do público infantil da Campus Party, que deixa a toca do coelho extraordinária com mods e robôs até domingo (17/02).

O último que sair apague a luz e feche a porta, por favor.

Fonte:

blog comments powered by Disqus