Bateria usa refrigerante e óleo vegetal para abastecer celular e notebook

 

Protótipo utiliza organela de células orgânicas para gerar energia.
Sistema foi desenvolvido por pesquisadores dos Estados Unidos.

 

Cientistas ligados a instituições americanas anunciaram a criação de um novo tipo de bateria que abre a possibilidade para os usuários recarregarem os celulares, notebooks e outros eletrônicos portáteis de um jeito diferente – com uma pitada de açúcar retirada de uma gota de refrigerante ou, ainda, com uma dose de óleo vegetal. O dispositivo utiliza combustível celular que produz eletricidade com tecnologia emprestada dos laboratórios de biologia.

“Essa é a primeira demonstração da nova classe de biocombustíveis celulares“, disse a cientista Shelley Minteer, que realizou a apresentação no 24º encontro nacional da Sociedade Americana de Química. “Depois de desenvolvidos, esses dispositivos têm o potencial de substituir baterias descartáveis e recarregáveis em uma grande variedade de eletrônicos. Esse é o primeiro dispositivo baseado em uma das partes microscópicas dos bilhões e bilhões de células que compõem o corpo”, completou.

Assim como os seres humanos têm órgãos internos, as células que constituem o corpo têm estruturas internas denominadas organelas. Para a nova célula bicombustível, Minteer e seus colegas escolheram uma das principais organelas: a mitocôndrias.

A mitocôndria transforma as calorias da comida em energia que o corpo precisa para sobreviver. A organela transforma uma substância formada pela digestão do açúcar e gorduras em energia armazenável. Esse sistema de produção de energia produzido pelo açúcar ou gorduras abre a possibilidade de abastecer um notebook ou um celular com gorduras vegetais ou óleos comuns.

De acordo com Minteer, além do uso em baterias de equipamentos eletrônicos, as células de combustível desenvolvidas pelo grupo podem servir para abastecer sensores sem fio para monitoramento de temperatura, detectores de movimento e localizadores para veículos, animais e até pessoas.

Fonte : G1

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